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quinta-feira, 10 de maio de 2012

Partes da Arte

Disintegration
Artista: Daniela Uhlig


Conto publicado no Beco do Crime


Partes da Arte
Ficção


Odeio quando ela deixa o olho cair no café.

Sempre espirra em cima da mesa.

Tudo bem que aquele emprego paga uma grana legal, mas deve ter outras opções para ela trabalhar como modelo.

Pego outro biscoito e volto para o estúdio.

Mais um filme trash para fazer a trilha sonora só depois de editado. Prazo apertado.

As horas passam enquanto as notas saem pelas caixas de som.

O diretor achou legal o tema que fiz compus para a mocinha.

Foi um trabalho caprichado colocar as mensagens subliminares dentro da música. O público fica com medo sem perceber que a melodia está fazendo seu serviço.

Ela tem belos olhos e agora são gélidos e magnéticos com a música.

Chegam suas mãos deslizando em mim. Relaxa-me. Ela sempre vem aqui antes de ir para o trabalho.

Deixo o gravador ligado, continuo tocando enquanto ela me satisfaz sem se importar se estou olhando para as imagens na tela.

Às vezes os pontos sobre alguma parte da pele dela me arranham. É sempre assim.

Aproveito gravar os gemidos sufocados dela para colocar noutra mensagem subliminar. Fica ótimo nas partes em que o mocinho aparece espancando outro daqueles monstrinhos verdes.

A boca dela é perita nisto. Mas às vezes o olho cai com o movimento ou o joelho sai do lugar de novo. Já acostumei com as juntas que estralam.  Preciso comprar um tapete novo, este já está gasto onde ela se ajoelha.

Acabo perdendo algumas notas quando meu corpo liberta seu prazer. Ela coloca o olho de volta enquanto passa as mãos no rosto. Ela sempre faz aquela cara de quem comeu um sorvete no melhor dia do verão.

Ela ajeita o corpo cheio de marcas irregulares, me beija na face e sai para o trabalho.

Ela não se importa de trabalhar como modelo vivo.

É uma boa grana e o Dr. Frankenstein sempre foi muito generoso.


.'.
 
Gilberto Strapazon

10/05/2012

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sexta-feira, 9 de abril de 2010

Livros de Autoajuda, Ajudam?

Quem busca sua luz se destaca e ilumina aos demais.

Foto: Paul Kirumira
Nem sempre temos  alguém com quem contar para refletir, questionar, aprender.

Livros de auto-ajuda, são primeiro de tudo, um apoio para quem tem interesse, precisa ou sente a necessidade de rever, questionar ou até mudar algo que depende de si.

Claro que fatores externos influenciam, mas neste caso, o objetivo é procurar identificar valores, forças, recursos internos e até atitudes, que possam influenciar nestes aspectos que estão as vezes fora do controle.

Descobrir em si mesmo capacidades, explorar outros pontos de vista, ou ter um crítico que lhe diz as coisas por palavras que podem ser as vezes muito diretas, ou levarem mensagens sutis ao subcosciente, são pontos que fazem parte do nosso desenvolvimento nos mais diversos aspectos.

Administradores buscam aprimorar sua gestão. Líderes e visionários que criam os novos (e grandes) empreendimentos, buscam maneiras de enxergar mais longe, ou para explorar melhor sua capacidade criativa, por exemplo.

Mas o principal, é como disse mais acima, o desejo de mudança. O livro não substitui o bom conselheiro, mas é um apoio importante que pode estar logo ali, na prateleira, para ser revisto quando necessário.

Métodos que não funcionam, temos muitos exemplos diariamente, basta olhar quantos negócios tem dificuldades, quantos problemas existem nas relações humanas, quantos conflitos internos. Sempre existirão problemas, sempre existirão dificuldades.

Quem se dispôe a experimentar algo novo, tem a oportunidade de ir mais além.

E quem nunca errou, é porque nunca tentou sair da mesma situação de sempre.

Empresas não são mosteiros, mas pessoas também não são máquinas. Por isto, pode-se aprender, seja por analogias, seja por experimentar abrir os olhos de outra maneira.

Tem livros que são muito ruins. Outros são muito bons. Muita coisa é pura cópia e poucos são os autores originais.

Para quem decide empreender uma jornada, o que pode ser bom para um, talvez não seja para outro. As pessoas e empresas são diferentes. Os povos e culturas são diferentes.

Cada um tem seu grau de evolução e com o tempo, todos aprendemos a identificar, seja pelo esclarescimento, seja pelo coração, qual caminho. E quando se está no caminho, só se dá um passo de cada vez.

Meu comentário para matéria publicada na Revista Amanhã.