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quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Banco fecha conta de blog gay


Saiu agora no Slashdot, mas a coisa já foi ao ar desde ontem.

Citibank Cancels Bank Account of Objectionable Blogger


O Citibank, que como qualquer empresa tem é claro, direito de decidir com quem vai negociar, encerrou a conta do blog gay blog.fabulis.com por exibir "conteúdo questionável", o que gerou polêmica imediata.

O blog de temática gay, e em poucos dias, tornou-se um sucesso, faturando milhares e milhares de dólares.

As vezes este tipo de coisa acontece a revelia do comando principal da empresa, espera-se.

Lembram do que aconteceu com o extinto blog Nokiabr?

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Sem Revolução Francesa para o P2P

Foto Emmanuelle Waeckerle


Já foi comentado sobre o problema de invasão de computadores pessoais sob a desculpa de estarem procurando conteúdo pirateado e até mesmo de censura.

Também é importante destacar novamente, que nem tudo que está sendo copiado por conexões P2P é ilegal, pelo contrário.

Enquanto alguns justificam até a colocação de programas espiões para monitorar transmissões e conteúdo dos computadores, volto a perguntar o mesmo que já disse algum tempo atrás: Quem é que vai estar do outro lado olhando isto tudo? Existirá discrição? Existirá um pingo de ética, raciocínio pacifico e discernimento para deixar de lado crenças políticas, moralistas e religiosas ao avaliar o material que terá em mãos?

É bom lembrar, a França que é famosa por sediar tantos expoentes das artes, das ciências, da cultura em geral, é a mesma em que trabalhadores estão sendo tão pressionados que estão se suicidando as dezenas na companhia telefonica. Outros tantos devem estar fazendo o mesmo.

E gozado, até pode-se juntar mais coisas, quem tiver curiosidade que pesquise um pouco, mas trabalhadores se matando por más condições de trabalho, agora vai sendo imposto o controle das comunicações, está acontecendo na França. É a mesma França em que houve a famosa Queda da Bastilha? Liberdade, Igualdade, Fraternidade?

Muitas destas coisas estão acontecendo noutros países. Não estou defendendo más atitudes, mas acredito que é necessário bom senso e responsabilidade, tanto por parte dos usuários, quanto por parte dos governantes.

Aonde iremos depois?


.'.

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Criticas certas ou não, neste ou naquele bar

O blog esenhaem6.blogspot.com havia publicado um posto criticando o atendimento e qualidade dos produtos num conhecido bar da metrópole. Os donos do estabelecimento não gostaram da reclamação e pediram para tirarem.
Entram aí, a veracidade dos fatos, e até que ponto pode-se manifestar publicamente sem que a outra parte possa argumentar excessos.
Um dos autores do blog, é da revista Info, na qual saiu uma matéria sobre o assunto:
http://info.abril.com.br/noticias/mercado/blog-e-ameacado-por-criticas-a-bar-29092009-34.shl?2
Vários outros blogs publicaram manifestações a respeito, favoráveis ou não, como por exemplo, o http://www.contraditorium.com


Meu comentário a respeito:

Parece-me que esqueceram que cliente bem atendido, vai te indicar até dez outros clientes. Mas cliente mal atendido, vai falar para todo mundo, conforme forem seus contatos. Se o cliente é blogueiro, vai escrever comentário negativo sim.
Sobre o que teria sido a réplica pública dos proprietários do estabelecimento, eu pessoalmente achei ofensiva, pois primeiro credita ao "tamanho" do estabelecimento, seu maior peso, em detrimento da qualidade.
Poderiam ter usado a tradicional resposta "lamentamos o ocorrido e estamos verificando para poder solucionar eventuais problemas e continuar atendendo bem nossos clientes..." só que não foi isto.
Eu já fiz comentário negativo de estabelecimentos no Orkut, em comunidades com mais de 20.000 membros e ninguém sequer cogitou de tentar negar, pois os locais (alguns dos melhores restaurantes de Porto Alegre), eram sabidamente pontos de problema semelhantes.
Claro que a intenção não é denegrir a imagem de ninguém, como o Arthur Cavalcante comentou. Em pleno século XXI, comentários deixam de ser apenas da pequena esfera pessoal. Pessoas utilizam sites de relacionamento, blogs, etc, para manifestar suas impressões e trocar idéias com seus conhecidos.
Mas também, é claro, não se pode falar qualquer coisa. Liberdade de expressão não significa libertinagem. É necessário responsabilidade, algum estilo e elegância ou humor, para falar sua opinião. E também estar preparado para opiniões contrárias.
Mas quando se fala a verdade, a minha recomendação para evitar incomodação com advogados prontos a ganhar um dinheirinho lhe importunando, é evitar a afronta muito direta. Pode-se elogiar serviço com ironia e humor, por exemplo.
No final, todos entendem a mensagem. Quem não quiser entender, ou mudar, azar.
O que não podemos mais é permitir que maus prestadores de serviço imponham-se por causa do seu poder economico, nem que qualquer um fale qualquer coisa sem uma adequada argumentação.

As batalhas, não são entre armas. Mas entre idéias.

.'.

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segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Ama ou Amarra-me? Em busca de soluções

A matéria da Patrícia Lisboa, "Distribuidora de bebidas restringe uso de internet" é quase uma continuidade do assunto recentemente abordado sobre acesso de redes sociais na empresa.



Meu comentário:

A Empresa Somos Todos.

Um dos grandes problemas, são algumas pessoas que insistem em abrir qualquer e-mail ou site, por mais absurdos que sejam.

É o famoso problema da pessoa em frente ao computador e seu ambiente. Mas ficaremos eternamente cerceando as pessoas? Quando vamos trabalhar para que exista aprendizado e evolução de consciencia do papel de todos?

Amarrar as pessoas não faz com que essas mudem seu comportamente. No instante que houver um segundo de liberdade, elas continuarão a agir da mesma forma. Citando um comentário anterior, uma atividade que pode prejudicar a empresa pode ser feita em qualquer hora e lugar

Lista de sites autorizados, pode ser interessante, mas não são apenas os específicos de um ramo de atividade, que trarão informações ajudarão. Um pintor só acessa sites sobre composição química de tintas? Daonde vem as idéias? Onde estão os colegas?

As vezes é como maçã estragada junto com as boas. Atitudes concientes e produtivas, são parte de sentir-se parte da empresa, valorização, carreiras, níveis de satisfação, etc. Acessos indevidos na internet, tanto quanto banheiros sujos, etc, podem ser indicadores de insatisfação ou de que falta ensinamento.
Para rir um pouco, citando dois exemplos verídicos:

  1. Muitas infestações por vírus de e-mail e sites duvidosos:

    Causa: A maioria, abertos por filhos do dono ou pelo "assessor pessoal" deste. Solução: antivírus, lista-negra de sites no firewall e paciência...

  2. Tráfego maciço de pornografia e contatos pessoais muito íntimos com amantes pelo e-mail da empresa. Com frequencia a internet da empresa ficava mais lenta por conta das muitas mensagens com fotos e filmes.

    Solução: Ação direta: a diretoria chamou todos funcionários numa sala e "mijou" literalmente todo mundo prá valer...(desculpem o termo).

    Resultados da "solução":

    a) os demais funcionários reduziram até o acesso a sites de notícias que eram de interesse da empresa.
    b) contratou-se banda larga bem mais rápida.
    c) a diretoria "não entendeu" por que o ambiente de trabalho piorou e houve queda nas vendas.

    Causa real: 99,9999% do material eram enviados por duas pessoas:  um diretor e um supervisor, seu "amigo", promovido na semana seguinte a uma gerência mais alta que os demais e recebeu outro carro da empresa. A pornografia em larga escala e as mensagens continuaram. (risos)

Existem atitudes e atitudes. É importante estar atento e disposto a ouvir e escutar.

Senão for assim, como será a empresa daqui alguns anos? Voltaremos a ter um tambor tocando o ritmo como nas antigas galeras romanas?

E por último, sei que muitas vezes é difícil ter que adotar atitudes restritivas, mas precisamos pensar para melhorar como um todo.

Quando restringimos demais, colocamos limites e regras, também poderemos estar cortando a expontaneidade e a criatividade das pessoas.

Como tenho comentado a respeito da (falsa) falta de talentos, nenhum talento vai se desenvolver, ou se manter, sem a possibilidade de enxergar novos horizontes e caminhar até eles, olhando e explorando o que houver no caminho.

Se tiver tempo, ainda hoje vou passar um material que acho bem interessante, a repeito de como limitar o acesso à internet, abordando sobre monitoramento versus limitação, pontos a observar, etc.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Rede social - Ensinar é Melhor que Castigar

A matéria da Andrea Giardino, sobre o uso do Twitter para localizar profissionais e também divulgação de informação me fez lembrar de sexo.

Sabe aquela coisa que muitos consideram feio, outras apenas mal necessário, ou suja, nojenta, impensável, e outras fazem por carinho, amor, afeto ou por diversão saudável? Pois é. Se sua vida sexual é escondida, cheia de restrições, qual vai ser a qualidade?

A mesma coisa acontece nas redes sociais e trabalho. Eu gostaria de poder trocar idéias com as pessoas durante o dia, que é quando eu vou encontrar o pessoal no escritório. Claro que como todo ser humano normal, alguma coisa particular é trocada. É saudável, faz bem, e é só ter um pouquinho de maturidade.

Mas se o acesso só pode ser feito noutros locais, fora de expediente, quem é que se encontra em casa? E quantas pessoas vão estar afim de debate técnico de noite? Claro que tem muita gente com quem conversamos nestes horários, e muitas vezes, nossas mensagens são de um dia para outro.

E tudo vai ficando de um dia para outro, e para outro e outro. Coisas são esquecidas, outras se acumulam. Parece SEXO!!! Querem esconder de você que isto existe. Ou então que isto é só coisa da cegonha.
Ah, pode ser que o funcionário vá procurar oportunidades de emprego melhor. Ou pior, pode descobrir quer existe um mundo lá fora.
Bem, ao invés de negar que sexo existe, digo, que exista um mercado profissional, que existem atualizações tecnologicas, que tal melhorar a coisa em casa?
Não é escondendo as coisas que se resolve algo. Pelo contrário. Não é voltando cedo prá casa que se evita alguma coisa, pois muito se faz durante o dia. Com ou sem consentimento.

O que cada um vai fazer, vai depender do ensino e cuidado sincero. Não existe nada melhor para evolução da consciência e maturidade, do que uma atmosfera que estimule o aprendizado, valorize o que se faz e seja francamente acolhedora.

Veja a matéria da Andrea: "Integradora YKP usa Twitter para recrutar profissionais."
(segue meu comentário lá da matéria)



Maturidade e Consciência

Bom exemplo a ser seguido.

Quem acha que internet é só para "chats" e "paqueras", é porque na verdade, age assim e quer censurar os outros, ignorando que as pessoas são muito diferentes.

A web é o canal principal de referência e contato de todas empresas de gestão minimamente atualizadas.

O acesso as redes sociais, faz parte do cotidiano das pessoas tanto quanto ter a liberdade mínima de conversar com seus colegas.

Enquanto algumas empresas ainda dificultam acesso até mesmo ao Google, outras, estão além da propaganda e estimulam o amadurecimento de suas equipes.

As redes sociais são amplamente usadas por categorias profissionais para troca de informações, atualização e até investigação. Basta observar, algumas das maiores comunidades profissionais que estão nas redes sociais.

Twitter, Facebook, Orkut, Myspace, Google, e-mails e outros tantos, infelizmente, ainda são aterrorizantes para muitas empresas que parecem achar, que atualização técnica, busca de soluções diferentes, intercâmbio profissional e tecnológico, são coisas "muito feias" a serem feitas na rua, fora da empresa. Fazendo um comparativo, é como educação sexual. Se a família não ensina direito, o aprendizado vai ser na rua. Escondido e revoltado.


Consciência funciona melhor que repressão.

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.'.   .'.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Amazon deleta livros, se desculpa, mas e aí?

Jeff Bezos: Deletar livro foi "estúpido".
http://info.abril.com.br/noticias/tecnologia-pessoal/deletar-livro-foi-estupido-admite-amazon-29072009-37.shl

Meu comentário:

Para deletar arquivos no seu equipamento, tanto a Amazon, quanto a Apple (IPhone), e outras, precisam ter acesso ao conteúdo do mesmo. Ou seja, durante o procedimento, seus dados pessoais estão amplamente acessíveis para serem vistoriados sabe-se lá por quem.

Claro que essa invasão íntima será com a maior das boas intenções (dizem), sem pretender faltar com o respeito. Mesmo que isto signifique você descobrir que as suas fotos íntimas que deveriam ser vistas apenas por você e pela pessoa amada, por "puro acaso", foram parar na Web.

Brincadeiras a parte, ao que eu saiba, só quem tem autoridade para revistar alguém é a polícia, e ainda assim, você é comunicado antes do procedimento.

Eu qualificaria esta prática de entrar em sistemas alheios sem autorização, de invasão e constrangimento ilegal.

Além de caracterizar roubo, por retomar sob ação ilegal, produtos que foram legalmente adquiridos.

Outra coisa, parece que ainda não li em lugar algum, que pelo fato de não terem averiguado a legitima procedência do material vendido, isto poderia caracteriza receptação de mercadoria roubada.

Seria isto possível? Ou foi mais fácil empurrar o problema para o usuário?

Quem é que está lá do outro lado bisbilhotando (ou inspecionando) o que você tem no computador? E com qual intenção?

quarta-feira, 17 de junho de 2009

P2P e invasão de privacidade. Big Brother da vida alheia?

Europa debate P2P: vigiar conexões ofende a privacidade?
A respeito da matéria do Felipe Zmoginski na Revista Info: A luta contra o P2P perdeu a compostura
"...Depois de dobrar os serviços de torrent americanos e colocar The Pirate Bay e Mininova no banco dos réus, a indústria conseguiu aprovar, na França, uma lei que manda cortar a conexão de quem compartilha arquivos. Uma idéia que já faz discípulos além mar, não é Bispo Gê?
A lei francesa durou pouco. Foi suspensa com base na declaração de direitos humanos. Os juízes franceses entenderam que a punição era radical, os métodos de investigação invasivos (espionar o que você faz na web) e que a lei não dava ao acusado o direito de defender-se plenamente. "

Meu comentário:

O primeiro problema, e talvez o mais grave de todos, que tem sido amplamente comentado, é que o cidadão terá sua vida pessoal invadida e completamente devassada pois tudo que fizer, será definitivamente lido, observado, anotado, comentado e FOFOCADO com autorização sabe-se lá de quem, escondido atrás de sua própria covardia.
Alguém acredita que as pessoas que terão a função de monitorar a vida dos outros nunca vão contar para os conhecidos que leu, viu ou escutou aqueles detalhes picantes da vida de alguém?
Um canal destes aberto, implica em censura direta ao cidadão e oficialização da fofoca como instituição oficial.
Então, que liberem o nudismo público para que todos possam olhar nossas formas sem um pingo de vergonha.
Liberem por favor, o direito dos fofoqueiros de especularem e se meterem livremente na vida alheia.
Oficializem os direitos dos paparazzi que não precisarão mais pular muros escondidos para invadir residências. Poderão entrar pela porta da frente e mostrar com suas câmeras para todo mundo, os horríveis modos a mesa e a terrível maneira que deixamos o tubo de pasta dental.
A China está oficializando a proposta de colocar softwares de monitoração em todos computadores. Estranho, são 1/5 da população do planeta e o restante dos terráqueos estão quase dizendo amém, mas lembremos, os chineses estão na terra deles e o povo chines tem um senso nacionalista, familiar, social muito fortes, e que remonta de uma bonita cultura secular. Tem mulheres lindas (Mei) também, mas isto é lá na terra deles, e aqui não é a China.
Direitos autorais são um imenso problema. Especialmente para quem não os recebe, como eu e milhares de outros músicos e escritores semi-profissionais que tem trabalhos por aí.
A estrutura de recebimento de direitos autorais, vulgarmente chamada de "indústria", abrange produção, distribuição e captação dos recursos, coisas que implicam na necessidade de uma estrutura empresarial profissional, que custa caro e conhecimento especializado. Portanto, precisa ser renumerada, mesmo que sujeita a necessidade de algumas revisões de várias partes, para que tenha um alcance maior, e com preços menores.
Mas o pequeno artista, mal consegue utilizar a estrutura de captação. Em países como Estados Unidos, etc, pode-se receber dinheiro através do cartão de crédito. Com isto, por exemplo, eu poderia finalmente receber dinheiro pelas minhas músicas que estão no Myspace e noutros tantos sites por aí.
Sabe como é, rock progressivo não é algo popular no Brasil, mas noutros países vende razoavelmente e eu poderia pelo menos, pagar o aluguel um pouco mais descansado, já que trabalhar em TI não paga aquela coisa.
Então o P2P neste caso, é um veículo que ajuda para divulgação de trabalho. Em países civilizados, temos visto que a venda de produtos não diminui, pelo contrário, as pessoas continuam querendo o CD/DVD, etc originais.
Quem não vai ao cinema, se puder ter uma opção um pouco melhor, vai comprar sim o álbum oficial, desde que não seja um preço exorbitante.
Quem sabe a discussão do P2P, um dia nos leve a possibilidade de utilizar conceitos que estão sendo trabalhados diariamente na internet, para que as estruturas de captação e divulgação alcancem a todos, inclusive os pequenos artistas e escritores como eu e mais alguns milhares e milhares que ficariam bem contentes em capitalizar suas +5000 cópias vendidas em quarenta países diferentes graças a propaganda grátis de uma centena de sites de download que se encarregaram da divulgação.
Ah sim, e claro, bom texto Felipe. Na China não tem pirataria de software. Pode ter produtos alternativos, mas pirataria não (rssss).
E chinesas lindas... suspiros...

.'.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Europa debate P2P: vigiar conexões ofende a privacidade?

Meu comentário na INFO:
http://info.abril.com.br/blog/baixadefinicao/20090614_listar.shtml?173711

Talvez o mais grave problema de todos, que tem sido amplamente comentado, é que o cidadão terá sua vida pessoal invadida e completamente devassada pois tudo que fizer, será definitivamente lido, observado, anotado, comentado, sabe-se lá por quem e FOFOCADO com autorização sabe-se lá como, escondido atrás da saia de alguém.
Alguém acredita que as pessoas que terão a função de monitorar a vida dos outros nunca vão contar para os conhecidos que leu, viu ou escutou aqueles detalhes picantes da vida de alguém?
Um canal destes aberto, implica em censura direta ao cidadão e oficialização da fofoca como instituição oficial.
Então, que liberem o nudismo público para que todos possam olhar nossas formas sem um pingo de vergonha.
Liberem por favor, o direito dos fofoqueiros de especularem e se meterem livremente na vida alheia.
Oficializem os direitos dos paparazzi que não precisarão mais pular muros escondidos para invadir residências. Poderão entrar pela porta da frente e mostrar com suas câmeras para todo mundo, os horríveis modos a mesa e a terrível maneira que deixamos o tubo de pasta dental.
A China está oficializando a proposta de colocar softwares de monitoração em todos computadores. Estranho, são 1/5 da população do planeta e o restante dos terráqueos estão quase dizendo amém. Os chineses estão na terra deles e tem um senso nacionalista, familiar, social muito fortes, que remonta de uma bonita cultura secular. Tem mulheres lindas (Mei) também, mas isto é lá na terra deles, e aqui não é a China.
Direitos autorais são um imenso problema. Especialmente para quem não os recebe, como eu e milhares de outros músicos e escritores semi-profissionais que tem trabalhos por aí. Se a grande indústria chora por prováveis perdas (ou diminuição dos aumentos de ganhos), imaginem nós que nem receber conseguimos!
A estrutura de recebimento de direitos autorais, vulgarmente chamada de "indústria", abrange produção, distribuição e captação dos recursos, etc, coisas que implicam na necessidade de uma estrutura empresarial profissional, que custa caro e requer conhecimento especializado. Portanto, precisa ser renumerada, mesmo que sujeita a necessidade de algumas revisões de várias partes, para que tenha um alcance maior, e com preços menores.
Mas o pequeno artista, mal consegue utilizar a estrutura de captação. Em países como Estados Unidos, etc, pode-se receber dinheiro através do cartão de crédito. Com isto, por exemplo, eu poderia finalmente receber dinheiro pelas minhas músicas que estão no Myspace e noutros tantos sites por aí. Sabe como é, rock progressivo não é algo popular no Brasil, mas noutros países vende razoavelmente e eu poderia pelo menos, ter uma rendazinha adicional, já que trabalhar em TI não paga aquela coisa e teclado é um instrumento bem caro.

Então o P2P neste caso, é um veículo que ajuda para divulgação de trabalho. Em países civilizados, temos visto que as pessoas continuam querendo o CD/DVD, etc originais. Quem não vai ao cinema, se puder ter uma opção um pouco melhor, vai comprar sim o álbum oficial, desde que não seja um preço exorbitante.
Quem sabe a discussão do P2P, um dia nos leve a possibilidade de utilizar conceitos que estão sendo trabalhados diariamente na internet, para que as estruturas de captação e divulgação alcancem a todos, inclusive os pequenos artistas e escritores como eu e mais alguns milhares e milhares que ficariam bem contentes em capitalizar suas poucas cópias vendidas em dezenas de países diferentes graças a propaganda grátis de uma centena de sites de download que se encarregaram da divulgação.
Pensem nos pequenos também, nem só de grandes negócios o mundo é feito.
Gilberto Strapazon
Porto Alegre
(Programador, escritor, músico presente no Myspace, e noutros lugares, rssss)