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segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Aprenda a Receber

Respirar é a mais completa forma de meditação.
Foto: Danijel Šivinjski

A natureza em todos os momentos nos oferece tudo e nem sempre sabemos receber.

O próprio ar que respiramos nos é oferecido e isto pode ser elevado simplesmente recebendo com alegria a energia da vida.

E podemos fazer uma das maiores mágicas, simplesmente retribuindo este ar que recebemos, falando uma palavra gentil, recitar uma poesia ou cantar uma bela canção.

O amor da vida está em todas as partes.

Para aprender a dar, primeiro devemos aprender a receber.


.'.

Meu comentário publicado no blog do Paulo Coelho: Enchendo o Copo Alheio

domingo, 19 de fevereiro de 2012

Serviço de Graça e Ainda Acha Caro

Foto: Firing Ax (The Peanut Butter Guy)


Sobre prosperidade: 
Quem semeia miséria, nunca colhe.

Quem trabalha com serviços está acostumado a ouvir de vez em quando, que aquele orçamento, que você já apertou ao máximo está muito caro e que o cliente tem outra proposta e valor ainda menor. Muito menor mesmo.

Ou seja, além de desprezar o que você faz, comparam com alguma outra coisa que geralmente, não é uma fração do que você faria. Muito caro comparado com o quê?

Ou simplesmente não querem pagar. Acham que não temos contas, nem casa para sustentar, estudos, vida pessoal.

E muitas vezes se aceitar fazer mesmo assim, achando que vamos pelo menos conseguir alguma divulgação, isso geralmente nunca acontece.

Só quem tem consciência de abundância, distribui suas sementes com sabedoria e vai colher muito mais.
Quem te explora não vai te promover. Primeiro porque muitas vezes tem vergonha de que os outros descubram que te obrigou a trabalhar por tostões.

Por isso que a maioria dos sovinas miseráveis tem prisão de ventre e até hemorróidas gigantescas.
Não estou dizendo que todos que tem hemorróidas são sovinas. Mas todos sovinas sabem que estão pagando pela sua mesquinharia. Multiplique isto por uma empresa e verá o resultado na sua maneira de administrar, produtos, estratégias e fracassos de mercado. É fácil depois despedir funcionários para cortar custos e dizer que a culpa não é do administrador miserável.
Tem muita empresa que literalmente quebra seus fornecedores por falta de consideração. Querem algo pelo qual não querem pagar.

Aprendi uma coisa nestes anos: 100% das vezes que alguém me pediu algo de graça porque serviria de propaganda não deu em absolutamente nada além de muita incomodação e prejuízo.

Nessas décadas continuo esperando receber recomendação de quem não pagou. 
Certamente recebo indicações, mas todas vezes são de clientes que pagaram pelo serviço.  

E se por acaso aconteceu da pessoa trazer outros... Estes outros também só queriam de graça. E todos sem exceção podiam pagar e muito bem, mas não tinham vergonha de terem primeiro passado no shopping e deixado por lá uma fortuna em roupinhas de grife ou numa manicure feita com ferramentas de ouro e diamante.
Você não ajuda ninguém quando ajuda um coitado desses que se acha esperto.
Se ele tem outra proposta, ótimo para eles! Deixe que façam se a outra proposta é melhor então.

Tenha certeza que a BMW não vai baixar preço porque o cliente só quer pagar por um Chevette.

Um portfólio de coisas lindas e maravilhosas que ninguém deu valor pode ter contado para teu aprendizado de alguma forma. Mas você teria feito o mesma coisa para quem merece.

Não adianta fazer "currículo" que vai ser ignorado, se você perdeu paz de espírito preocupado até com a conta de luz. Fique meditando então. Pelo menos o resultado realmente vai ser seu.

E por último, uma frase que gosto muito e fiz um acréscimo:
"Sempre que alguém diz: Ahhh dinheiro não é importante... é porque essa pessoa tem muito.".
Complemento: Essa pessoa tem e não quer pagar.

P+
19/02/2012


sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Desfrutar dos Momentos e Colher os Frutos

Foto: Karen Ilagan

Se lembrarmos que entre dois pontos existe um número infinito de pontos, podemos apreciar a paisagem e cada momento da vida com mais consciência e plenitude.

Muitas pessoas fazem seus trajetos diários sem desfrutar do que está pelo caminho. Correm de um lado para outro e não veem o que estava ao seu lado. Oportunidades de todo tipo são perdidas. Principalmente de crescimento e evolução pessoal. Negócios podem ser perdidos, amores podem passar desapercebidos, jóias espirituais serem ignoradas.

Mesmo uma monótona viagem de um lugar para outro, pode ser uma oportunidade para ampliar horizontes, para ver algo diferente, para encontrar inspiração e interagir consigo e com o mundo.

Se você repete todos os dias o mesmo trajeto, torna-se um alvo fácil para algum inimigo, para alguma armadilha. Isto inclui o que você mesmo pode fazer por você sendo repetitivo ao repetir hábitos negativos.

Mudar pequenas coisas, mesmo que seja andar pelo outro lado da rua, ajuda a quebrar seu mecanismo interno. Tem pessoas que se perderiam caso fizessem isto tentando ir para a padaria. Imagine então, as demais áreas de suas vidas.

Isto já é bem batido, mas pense bem: por que o mundo te traria algo diferente se você fizer sempre as mesmas coisas?
Como você espera resultados diferentes se você não mudou?
Quer um fruto? Plante uma semente, cuide da terra. Ou vá noutro mercado aonde tenha a tal fruta que você quer. Se você não plantar, nem buscar outra alternativa, vai continuar pegando sempre as mesmas coisas no mesmo lugar de sempre.

Cada dia nos traz uma abundância infinita de situações e algumas delas, estão ali para nós. Cada coisa diferente em sua vida lhe dá um aprendizado, uma situação nova, uma oportunidade.

Abra-se para o novo e aprecie os momentos. Desfrute do que tem com mais consciência.

Você trabalha para quê?  Tem uma grande indústria e nenhum tempo para si e apesar de sentir-se mal com isto não sabe o que faria com o tempo livre? Ou será que o ideal seria apenas encher a cara nalguma balada e fazer pose feito bonequinha de salão com suas belas roupas? O que você teria depois disto?

Claro que celebrar, fazer festa de vez em quando é legal. Mas ficar só nisto? O dono do bar está no seu trabalho. Os cliente estão ali de passagem, mas muitos acabam ficando, e repetem diariamente a mesma coisa. Pode mudar de bar, de balada, mas interiormente, continuam no mesmo lugar.

Aí é diferente. Não se trata de correr demais e a alma ficar para trás. Trata-se de ficar parado e a alma tentar seguir em frente e até, manter-se numa distância relativamente segura do seu corpo.

Alimente seu corpo com boas sensações físicas, dança, exercícios, passeios, sexo com quem gosta, boa alimentação (sem culpa é melhor), etc. Alimente seus olhos com beleza e harmonia. Alimente seu espírito com luz e sua mente com sabedoria e experiência.

Mas lembre que isto faz parte da caminhada. Desfrute de todos estes momentos. Nem passar correndo, nem ficar parado apenas criando gordura, seja ela fisica, mental ou espiritual.

Todo dia é um novo dia. Desfrute.
P+ 
21/10/2011

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Baseado no meu comentário na coluna do Paulo Coelho - A Velocidade da Alma



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quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Sustentabilidade ainda para poucos

Qualidade de vida começa com coisas simples, como uma sombra refrescante.
Foto Todd Mecklem

Vamos cuidar de nossa vida, nossa cidade. 

No artigo da Revista Amanhã: Obra sustentável cresce e desperta interesse de banco comenta-se sobre investimentos que os bancos aos poucos estão começando a fazer em obras que sejam sustentáveis, mais integradas ao ambiente natural.


Meu comentário:

Já é alguma coisa neste caminho. Mas falta muito.

Tenho falado, de forma ilustrativa, que além dos controles técnicos, tais empreendimentos deveriam contar com a certificação de shamãs.

Por exemplo, os orientais tem a técnica do Feng-Shui, algo muito profundo, que requer muita experiência e que não se aprende em cursinhos de final de semana. Também não considero as decoradoras e arquitetas com uma cadeira qualquer sobre o assunto. Espero de alguém nesta área, uma vivência prática profunda, diária, com as energias naturais. Isto tem que fazer parte da vida da pessoa, seja qual for sua atividade.

Falo de mestres com uma vida dedicada a isto.

Esta como outras práticas, consideram o ambiente, o ser humano, a relação das energias envolvidas, etc.

Um prédio bonitinho todo ajardinado, pode ter deixado de lado, a chance de ter espaço para as pessoas plantarem algo, por exemplo, ter seu próprio pé de frutas na sacada. Não se trata de algum arquiteto colocar isto ou aquilo. É preciso por exemplo, deixar um pouco de mato natural surgir, das sementes que são trazidas pelos pássaros.

Sem extremismos, e também sem esperar com milagres que a lábia de alguns vendedores se atreve, a adoção desde pequenos hábitos e considerações de bom senso, pode trazer resultados diferenciados importantes para todos envolvidos e captar uma simpatia muito maior.

Plante. Cuide do seu quintal. 

E ao viajar, aproveite para lembar sementes e plantar ao logo da estrada.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Oportunidade para Ampliar Consciência e Criatividade

Referente a matéria da Revista Galileu:Hotel recolhe aparelhos eletrônicos dos hóspedes no check-in.


Basicamente o Renaissance Pittsburgh Hotel lançou um pacote onde as pessoas deixam seus eletrônicos durante dois dias para se dedicar a outras coisas, como a leitura de bons livros.

Meu comentário:

A idéia é muito interessante, se bem que o hotel fica em área bastante urbanizada.

Este tipo de atividade, pode ser muito mais produtivo em locais mais próximos da natureza, como pequenos lugarejos cercados por atrações naturais, fazendas, montanhas, recantos ecológicos, locais místicos, etc.

Quando proponho atividades assim ou comento no meu blog, falo sobre a busca do contato consigo mesmo e com as energias naturais, para ampliar o nível de consciência pessoal.

Além de alimentar corpo e espírito, são atividades ótimas para profissionais de todas áreas.

Empresas que necessitam encontrar produtividade e criatividade podem descobrir que qualidade de vida dá grandes resultados e amplia os horizontes de todos.

Locais como a Chapada Diamantina são repletos de oportunidade de desenvolvimento profissional e pessoal.
Foto:
Ruiz2009

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Leia também:


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quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Empresas, escutem seus clientes

Sobre a relação empresa X consumidor publicado na Exame: Como Brastemp, Renault, Arezzo e Twix reverteram a crise nas redes sociais

A matéria fala sobre consumidores insatisfeitos que recorreram as redes sociais indo até vias extremas para conseguir ser ouvidos e ter solução para seus problemas.


As pontes que unem os mundos não tem paredes.
É hora de olhar para os lados.
Foto: Amber Dawn Davi
Meu comentário:

Falo com frequência que s empresas são organismos vivos sociais. Estes eventos ocorrem dentro e fora da empresa. Lembrem do público interno!!!

As vezes, nalgum artigo no meu blog falo sobre consciência e que isto se relaciona a gestão, procuro chamar a atenção justamente para que se perceba mais do que a si mesmo, mais que um ponto de vista, olhar o mundo de forma maior e diversificada.

Em reações como as citadas, em que a primeira atitude parece de (até de) fuga, é porque muitos ainda não perceberam que a internet é uma gigantesca memória.

Veja também o artigo: Redes Sociais e a Memória da Internet.



O que antes era esquecido logo, agora fica disponível na internet indefinidamente. É necessário o trabalho pessoal, meditativo, o estar presente de forma real e não apenas como jargão publicitário.

Atitudes concretas ganham disparado de discurso em qualquer área.

Atitudes restritivas, como censurar um comentário meu, objetivo e não ofensivo foi maneira de diminuir a credibilidade sobre a empresa noutro artigo devido a incoerência das informações prestadas pela mesma.

São inúmeras situações em que podemos ampliar nossos horizontes, que acabam sendo mal exploradas quando se limitam a repetir pensamentos feudais e deixam de abrir as janelas para um mundo novo e melhor.



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Leia também:
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segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Ecologia Empresarial

Ecologia Empresarial

"Estima os teus soldados como estima as crianças, e eles de bom grado irão contigo a vales profundos; estima os teus soldados como filhos bem-amados, e eles de boa vontade morrerão contigo."
A Arte da Guerra. Sun Tzu


Atingir mais que sobrevivência, o novo Aeon, "sugere" a busca consciente de crescimento.

Toda empresa é um organismo, e assim, a natureza conduz a busca, a necessidade de conhecer sua missão, seus caminhos, sua harmonia e força, para então realizar-se, num processo criativo, a arte da vida e das pessoas.

Lembre, toda empresa é um organismo social, um organismo vivo.

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Publicado originalmente no Buddha-Zine Edição 04 - Agosto de 1998

 

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As Árvores Sagradas da Fortuna

Piedra del Aguila y Volcanes del Sur de Chile
 Foto: Jose Huenante Barria

As Árvores Sagradas da Fortuna
Publicado no BuddhaZine nro 07 - Fevereiro de 1999



As montanhas são as árvores da Terra, são as elevações, as copas frondosas. 
As árvores, são as montanhas do reino vegetal. Seus galhos, os caminhos que encontramos nas montanhas. Em seus espaços, os vales. Em seus frutos, a dádiva da nova era.

A Araucárias estão entre os mais antigos habitantes do planeta Terra, vindas não sabe-se donde, se por evolução ou por semeadura cósmica. Talvez, como passageira sofisticada de alguma nave de pura luz.

A capacidade principal das Araucárias está no contatar diretamente o ser humano, em tocar sua essência, chegar ao seu coração. Guardiãs da sabedoria de milhões e milhões de anos, contemporâneas dos que estavam aqui antes dos próprios dinossauros, elas zelam pela imensa sabedoria dos antigos.

As araucárias representam os próprios antigos. Com a mudança da energia planetária do Himalaya para a Cordilheira dos Andes, as Araucárias trazem em sua grossa casca, um carinho escondido, um convite, ao abraço, para recebermos, voluntariamente, seu ensinamento, do porque estamos aqui, quem somos e, como fazemos parte do todo em que nos criamos. A nossa meta, a nossa missão, o encontro da nossa maior fortuna pessoal, que é alcançarmos a realização pessoal, de trabalharmos no que realmente queremos, no caminhar para a liberdade maior, estão nos seus galhos, no seu lento crescimento, paciente, acompanhado das aves e seres da natureza.

Cuidar das matas de Araucárias, andar entre suas copas, é uma experiência única, quando percebemos que a grande fortuna, está na sabedoria, sem mais fazer mal aos demais seres, agindo de maneira justa, usando o necessário para crescermos e, finalmente, um dia, nos tornarmos as estrelas de nossas vidas.

Aos que plantam araucárias, estes estão fortalecendo em si mesmo, primeiro, a visão do futuro, a capacidade de perceber um contexto maior do que o seu próprio umbigo.

Segundo, a capacidade empresarial de expandir suas atividades pela maior compreensão (energia de visão) do mercado, fortalecendo suas raízes, deixando de lutar contra a natureza das coisas.

No fim da luta vamos descobrindo que é mais fácil nadar a favor da corrente do grande rio, sem auto-destruição, sem vícios, trocando o cigarro pelo ar puro, a preguiça por uma caminhada saudável com amigos, a melancolia pelo romance, a miséria pela fortuna, a dúvida pela certeza.

Esta energia está presente num abraço, como o que trocamos com as pessoas queridas e que, conscientemente podemos ter com estas conselheiras sábias, sentindo nosso peito junto ao seu corpo, tornando-nos novamente manifestação da criação, da força e da abundância.


quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Bom Emprego ou Vender a Alma por Tostões?


Interessante como certas empresas passam uma imagem que parece que as pessoas que estão lá vivem numa fazenda linda e maravilhosa, podem trabalhar com qualidade de vida e olhar pela janela sem culpa.

Aí vem uma reportagem sobre uma delas e o que mostram é outra coisa bem diferente. Essa é da Revista Exame: O Expediente na Natura é Nervoso


Nota: Este comentário foi censurado pela Exame (veja nota 2). Fazia muito tempo que algo assim não ocorria. Aliás, na Exame deve ter sido a única nestes anos todos. O vídeo parece feito por agência de "propaganda" e deve ser matéria paga. Escrevi para a jornalista responsável duas vezes e para o Editor, simplesmente sem resposta. Realmente estranhei muito pois eu entenderia perfeitamente (e aceitaria melhor) uma explicação sincera do tipo: realmente é uma matéria paga.

Nota 2: A Exame publicou dois dos comentários finalmente. Fazia um certo tempo que não olhava de novo a matéria. Estou verificando hoje, que com excessão do primeiro, os dois comentários seguintes (repetição do primeiro e depois questionando), foram liberados no site da Exame. Lá consta a data da postagem original e dali fiz cópia para o artigo abaixo. Não sei em que data isto finalmente foi liberado. Mas parece que levar adiante a minha queixa, no caso postando aqui, funcionou. Mas seria melhor uma simples resposta como dito acima. Mantenho o restante o comentário pois a questão é o ambiente de trabalho e não as regras editoriais da revista onde comento faz muitos anos.



Meu comentário:


Primeiro, deixo bem claro que não tenho nada pessoal contra a empresa, que é uma entre tantas que mostram uma imagem mais ou menos assim. Na minha casa uso alguns produtos deles, que são de boa qualidade até onde verificamos.

O objetivo deste comentário é escrever minha opinião sobre "como é trabalhar numa empresa que passa uma imagem assim, e sobre quem é que produz o que consumimos". Sim, eu me importo em saber como são as empresas e como vivem as pessoas, tanto quanto me importo em saber como alguém faz seus produtos. Por exemplo, eu não gosto de empresas que vivem as custas de trabalho (semi-)escravo nalgum buraco lá no oriente e com isto ferrando os concorrentes, ou enchendo o mercado de porcarias.

Vamos lá.

Ok, a empresa é grande e tem ambiente de alta performance. A impressão que tive na matéria é que a empresa neste ambiente "nervoso", de alta performance, resultados a curto prazo, pressão por resultados, etc, como citados pelos diversos entrevistados, vem contra muitas imagens que a empresa tem na mídia.

Pergunto: qual a REAL qualidade de vida dos funcionários? Um saláriozinho um pouco melhor em troca de stress e muita pressão? A imagem que tive é de que arrancam o couro das pessoas. Isto compensa o pouco que se ganha a mais?

Sustentabilidade, integração com a natureza com certeza não é ficar tipo bicho-grilo só curtindo paz e amor e coisa e tal. Mas ter uma carga de tarefas que combine trabalho, estudo, lazer, repouso é necessário. (Leia também: A Produtividade do Tempo Bem Usado)

Pergunto, como estão na realidade as famílias destes que estão o tempo todo sob carga? Sabe aquelas pessoas que trabalham feito doidas e quando finalmente aparecem em casa, mal conseguem dar atenção (de verdade) para a família .

Interessante que nas imagens da reportagem, a maioria das pessoas eram jovens, sem muito brilho no olhar, vários pareciam entristecidos. Quando eles cansarem, passarem dos trinta anos, para onde irão?


Instalações e propaganda bonitinha não compensam.

Parece que tem que poucas pessoas para fazer o trabalho de muitas. Se contratassem um pouco mais de pessoas quem sabe o ambiente seria menos nervoso, menos estressante, porém mais criativo e produtivo.

Produtividade não se arranca junto com os rins.

Quando empresas falam sobre tecnologia verde, sustentabilidade, preservação da natureza e isto e aquilo, falo que para isto ser real, trabalha-se primeiro de tudo com o nível de consciência das pessoas.  Isto começa com as lideranças. Autoconhecimento, meditação, atividades reais de integração consigo e com o mundo.

De nada adianta escrever releases bonitinhos, se aquilo mostra-se apenas redação de marketing e no máximo, de shamãs e ocultistas formados em bancas de revistas. Mestres instantâneos de cursinho de final de semana tem por aí feito erva daninha. Palavras copiadas daqui e dali. E cadê o fundamento, a vivência real?

As tais normas ISO qualquer coisa, quando voltadas a produtividade em sintonia com a natureza, só deveriam ter validade quando a empresa fosse certificada por pessoas que lidam com a natureza realmente, como os shamãs, os mestres em meditação, enfim aqueles que vão aprender sobre a natureza conversando com ela no seu dia a dia e não apenas como uma aulinha qualquer escondida.

De que adianta escrever num canto qualquer sobre a importância de "bem estar" e "estar bem" se isto desmorona facilmente ao se verificar que as pessoas estão num ambiente "nervoso" o tempo todo?

Trabalhar bastante é bom, e é legal quando isto é sob uma base distribuída e equilibrada, em que altos e baixos podem ocorrer. Todos lugares tem suas épocas de mais ou menos serviço, faz parte da estrutura do mundo.

Foto: Michael Menefee
A própria natureza tem as estações do ano para nos lembrar sobre como as coisas andam.

Colocar o pé no fundo do acelerador e cimentar, é sinal de que mais hora menos hora, alguma peça vai quebrar por desgaste e precisará ser trocada.

Mas pessoas não são peças. Pessoas são parte de algo. Aliás, são partes de muitas coisas. Quando falo de tomar contato, conhecimento e integração consigo e os demais estou falando disto também.

Nosso primeiro contato é conosco, nosso corpo, mente, emoções, espírito.
Depois com nossa família, marido, esposa, filhos, amigos.
Depois nosso grupos sociais, grupos de amigos, colegas de trabalho, de escola, de esportes.
Depois de uma coletividade maior, seu bairro, cidade, estado, país.
E todos fazemos parte de uma grande coletividade chamada humanidade, e esta faz  parte do todo maior que é a vida do planeta e também com este.
Nos relacionamos tanto com nossos familiares tanto quanto com a natureza que nos circunda e dela fazemos parte.

Uma empresa também é um organismo. Um organismo social, tem vida. Não é um amontoado de peças que podem ser simplesmente trocadas quando quebram. E como qualquer mecanismo, precisa de manutenção preventiva, tanto quanto nosso corpo, mente e espírito precisam de alimento e cuidados.

Pessoas que se desgastam pelo excesso de serviço numa empresa, são partes desta que muitas vezes não poderão ser repostas. Serão no máximo trocadas por outra, mas lembremos da perda do conhecimento e experiência que isto representa.

Quando alguém vai para outro local, outra empresa, como parte de sua evolução natural, isto é bom. Mas e quando ela se vai por desgaste ou até mesmo por desavenças? Todos perdem.
Um cliente insatisfeito é uma má propaganda para a empresa. Mas as empresas esquecem que um funcionário insatisfeito também.

Devemos aprender a observar, ouvir , estudar e buscar aplicar na prática aqueles conceitos que muitas vezes são apenas palavras bonitas num mural na parede para ser visto pelos visitantes. Palavras bonitas não fazem nada. Atos integrais sim. Agir de acordo com o que se pensa, fazer aquilo que se prega.

Tudo isto faz parte do resultado da empresa, seus produtos.

Você já parou para se perguntar qual é a energia que você está recebendo junto com um determinado produto? Positiva, negativa, neutra?
Veja, as pessoas passam sua energia pessoal para aquilo que fazem. Todos sabem que não fica muito boa a comida se o cozinheiro está mau humorado, ou num péssimo dia pessoal, mesmo que repita mecanicamente a receita.
Como é a energia presente num produto em que as pessoas estão num tremendo stress? Como são muitos dos alimentos industrializados em pavilhões por pessoas insatisfeitas e que muitas vezes estão falando mau de seus patrões e situação de vida? É essa energia que vem no que você consome.

As pessoas estão produzindo felizes? O lavrador está cuidando com carinho da sua plantação? A empresa que produz o que você faz tem um ambiente legal e isso vem para você?

Por isso é importante o trabalho conosco, pessoal, antes de tudo. É a semente de felicidade que buscamos em nós que germinará.

Espera-se que só os funcionários vistam a camiseta da empresa, mas uma empresa que realmente veste a camisa dos funcionários, e da população a que serve, terá melhores produtos e resultados.

P+

sábado, 18 de setembro de 2010

Ter Filhos Sem Condições?

Child desire.
Photo by: Raúl Salinas Beltran


Ter Filhos Sem Condições?


Algums pensam que se não tiverem condições, não terão filhos.

Mas nem todas pessoas pensam assim.

Ou melhor, na verdade, na maioria das vezes as pessoas não pensam. Alguns copos de vinho, a preguiça ou até mesmo um desejo egoísta e pronto.

Quando se fala em paternidade e maternidade consciente, é algo que vai muito além da responsabilidade de cuidar e alimentar alguém.

Consciência significa evolução espiritual.

Trazer uma nova vida para o mundo, deveria ser algo em que as pessoas tivessem a clareza do que estão fazendo.

É a vida de alguém, além da sua própria que está em jogo.

Estamos preparados para oferecer a oportunidade de uma vida melhor sem sacrificar a nós mesmos?

Veja, muitos acham que ter filhos é um sacrifício e que suas vidas deverão ser interrompidas. Ou porque algum "deus quer". E as crianças crescem sentindo-se culpadas por ver seus pais privarem-se de suas próprias vidas. Algumas ficarão gravemente doentes até décadas depois, mas seus pais não vão pensar que podem ser a causa do que vai acontecer muito tempo depois. Ou então, o que não é raro, aprenderão a má idéia de que não há nada de errado em passar bem as custas dos outros.

Mais e mais filhos tem sido gerados como forma de garantir o sustento, uma pensão. Depois de tudo que a humanidade passou, no século XX, especialmente nos anos 60 e 70, pela busca de ideais libertários, é incrível que isto pareça esquecido.

Acho que ter um filho, é algo em que devemos nos empenhar, para que tenha no mínimo, uma vida familiar melhor do que tivemos, uma escola melhor do que tivemos. E dar-lhes as oportunidades para que enfrentem o mundo de cabeça erguida, sem tornarem-se dependentes.

A melhor herança que se pode dar, veja bem, ainda em vida, é o seu próprio exemplo de uma vida bem aproveitada, de ser alguém que seus filhos se orgulhem sem ter medo.

Não adianta nada se arrebentar trabalhando para fazer um milhão se isto custar a a cabeça dos filhos ou seu casamento. E depois as pessoas ainda dizem que fizeram isto "pelas crianças". Na verdade, é puro egoísmo.

Pessoas que continuam a realizar a sua caminhada evolutiva, profissional, emocional e espiritual, podem ser mais do que pais para serem os companheiros da jornada.


Estimule as crianças a serem livres, a pensar por si mesmas, a terem consciência de si e dos demais.

Estimule o autoconhecimento.

Estimule as crianças a sonhar e buscarem a realização de seus sonhos.

Quando formos adiante, teremos deixado mais do que um amontoado de sementes jogadas ao vento. Teremos dado para alguém, a oportunidade de encarnar e seguir por si mesmo, os passos de uma vida melhor.


P+
18/09/2010

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quarta-feira, 4 de agosto de 2010

O ouvido dos Xamãs

O ouvido dos Xamãs
Gilberto Prabuddha

O xamã (ou shaman) é alguém que ouve a natureza e pergunta para a grande Mãe Terra sobre todas as coisas,
as criaturas que aqui vivem,
as pessoas e suas motivações, o porque de tudo.
O porque de cada coisa do universo é descoberto e sentido como parte da vida, da euforia, da alegria, da saúde.
A doença, quando surge, é porque por algum motivo, acontece um afastamento das fontes naturais de equilíbrio.
Cada estrêla do céu é uma luz que está dentro de cada ser. Toda pessoa nasce com luz própria.
Chame de energia vital, de espírito, de aura.
As diferentes manifestações do mesmo inegável princípio.
A ação daquele que tem muitos nomes.E se todos nomes são o nome de Deus,
então naturalmente o xamã veste-se como animal ou ave,
e cantando e dançando com alegria e verdadeira ciência, une-se ao tipo de energia de que precisa para trazer o equilíbrio e restaurar a saúde.

Saúde é muito mais do que um corpo sadio.
São as emoções, a alegria, os pensamentos equilibrados,
a prosperidade e abundância.
Porque pobreza e avareza são das piores doenças. Esbanjamento inútil também.
Mas desfrutar da abundância da qual fomos providos
pela existência, é a chave para a harmonia.
Equilibrar trabalho e repouso.
Repousar significa abastecer o corpo, a mente e o espírito com algo de verdadeiro valor, de acordo com sua espécie. Carinho, diversão, aventura, conhecimento, riso e canto.

Pobre do que olha uma ave feito gente
e não lhe compreende.
Um xamã aprendeu a arte de conversar com as coisas. 
Recorda São Francisco de Assis?
O santo xamã, que conversava com as plantas,
com os animais e aves.
Ele conversava com as pedras e estas lhe contavam as maravilhas dos outros lugares.
Talvez, o xamã ao invés de aprender mais e mais, simplesmente deixe de saber tanto,
e passe simplesmente a ouvir.
Um pássaro canta, o rio passeia.
Os livros também falam.
Mas a textura, está nas árvores.
O sentido, na vivência.

Paz no Coração.



segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Que horrível! Twitter custa Bilhões!! Mas e o resto?

Imagem: Flavio Conde
Uma empresa de consultoria Reino Unido fez uma pesquisa para descobrir que o Twittter custa bilhões porque é usado em média 40 minutos POR SEMANA nas empresas.

Obviamente isto já resultou em matérias alarmantes, por causa do desastre econômico mundial que deve estar atormentando a mente de muita gente por aí.

Puxa vida, mas que coisa TERRÍVEL!!! 40 minutos por semana! Quarenta!!! São 8 minutos por dia, para quem trabalha de segunda a sexta. São 4 minutos de manhã e mais 4 de tarde!!! Imagina o resultado catastrófico se fizerem uma pesquisa sobre quanto tempo se gasta com o intervalo do lanche ou esperando que algum chefe/coordenador finalmente responda algo que é importante ou arrumando serviço mal feito dos outros. Enfarte na certa. (risos)

Está bem, está bem. Antes que o editor me mate, creio que o correto da pesquisa sejam 40 minutos por dia, o que seria um tempo um pouco mais razoável para se conseguir fazer alguma coisa. São 20 minutos por turno, ou se preferir, parte do horário de almoço.

Distribuidos ao longo do dia, intercalados e/ou em paralelo com outras atividades, e sem afetar o que se está fazendo, ainda não é taaaaaanto tempo assim.

Verdadeira apologia do miserável. Desculpem, mas matérias que li a respeito estão bem escritas por profissionais que respeito. Mas quanto a pauta, este é o tipo de pesquisa tendenciosa de quem só chora e esconde os rendimentos que tem. Se não tem o que falar mal para a imprensa, melhor não passar vergonha. Espero não ter que trabalhar num lugar destes. É o tipo de empresa que só explora os funcionários, suga até a última gota de sangue, dificilmente vai ter algum treinamento ou atualização, e ainda reclama porque os "peões" não se viram em fazer isto do próprio bolso para dar de grátis para o "patrão" (no sentido perjorativo da palavra).

A pesquisa poderia ter informado os Trilhões gastos em papel higienico no banheiro. A empresa é local de trabalho, que usem o banheiro de casa!! (risos).

Antes que algum “espertinho” diga que “local de trabalho é para trabalhar”, recomendo que se atualizem pelo menos uns mil anos. Nem vaca trabalha com a cara enfiada no pasto o tempo todo, sem precisar informação. Está provado que cavalos deixados por si só conduzindo carroças, não provocam acidentes. Coloquem um condutor humano e ele vai dar um jeito de bater até noutra carroça. Quem quer controlar tudo e todos, o tempo todo, deveria ficar sózinho.

A era feudal já passou. Foi um imenso período de trevas e pouco desenvolvimento. Citando a Wikipédia:
"Devido ao caráter expropriador do sistema feudal, o servo não se sentia estimulado a aumentar a produção com inovações tecnológicas, uma vez que tudo que produzia de excedente era tomado pelo senhor. "
Informação faz parte do processo produtivo. Atualização é necessária sim. Nas noutras áreas é preciso também sim senhoras e senhores! Abram os olhos. Não adianta sustentar chefias incompetentes e pagar propaganda para tentar disfarçar insatisfação, má qualidade de serviço desmotivação. Todos tem que se atualizar, ter produtividade e qualidade.

Esqueceram que boa parte de seus clientes, fornecedores e concorrentes usam estas tecnologias? Ainda hoje vejo empresas que bloqueiam até MSN, que é amplamente usado nas melhores empresas para comunicação direta com clientes, fornecedores e colegas.

Esqueceram de dizer que estes 40 minutos semanais poderiam ser gastos, por exemplo, fofocando com o chefe. (Maus) Chefes controladores, inseguros, imaturos ou simplesmente incompetentes, sempre vão achar que internet é brinquedo. Bom senso é necessário!

Twitter é tipo de um MSN, mas com esteróides. Redes sociais online são parte da nossa cultura global, pessoal, empresarial, politico, enfim, todas áreas.

Negar isto, usar as regras das senzalas, representa perda de competitividade, atrasos em relação ao mercado e baixa produtividade.

Faz pouco escrevi duas matérias sobre o assunto, aqui no blog, como participação voluntária, etc. Leia mais em: Empresas amadurecendo para as Redes SociaisComo regrar o acesso dos usuários à Internet na Empresa.

Empresa tem que gerar lucro produzindo, com produtividade e qualidade.


Parece que um dos motivos dos indianos estarem se atualizando tão rápido, é que por lá, as vacas são sagradas.

Só para lembrar: É muito fácil ser uma empresa grande (pode até ser herança do "papi"). Difícil é ser uma grande empresa.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Porque o turismo não deslancha no Brasil?

Na minha opinião, assim como em muitas outras áreas, o turismo não deslancha por falta de profissionalismo.
Jogar a culpa toda no governo, nas politicas sociais, nas estradas, nos bancos, etc, é amadorismo.

Cabe ao empresário montar um negócio viável, adequado ao segmento que deseja atingir.

Quem tem que investir no negócio não é o governo, senão isto seria apenas uma teta para espertalhões mamarem sem terem risco, nem visão, nem iniciativa.

Empreendimento significa ir lá e fazer alguma coisa.

Quem só reclama, que fique nos bares contando todo dia os problemas da vida sem fazer nada para mudar a si mesmo.

.'.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Busca da espiritualidade no dia a dia e na empresa

Meu comentário postado na Revista Exame
Blog do Adriano Silva - 19/06/2009
Tópico: Em busca da espiritualidade (get back to where you once belonged)
"...Minhas tentativas de inserção no mundo da religião, das pessoas espiritualizadas, acabou naufragando. Foi bom ter tentado. Foi bom ter tido a experiência..."

O Adriano fala sobre sua incursão singular em busca da espiritualidade e sua desistência.

Acho que espiritualidade faz parte do ser humano, cada um dentro do seu nível de entendimento e evolução.

Isto vai refletir-se também nas nossas atividades profissionais, pois paralelos existem e muitos, em tudo que fazemos.
Administração de empresas, TI, negócios, não é só cuidar de números, ou ter lábia para vendas. Quem somos, porque somos e para que, são partes disto. Buscar uma visão mais abrangente de si e de nosso relacionamento com o todo, faz parte disto.

Daí, a minha opinião que empresas também são organismos vivos, e cuidar delas, faz parte do cuidado que temos com nós mesmos.

Segue o comentário que fiz ao tópico do Adriano, sobre sua desistência:

Parabéns pela desistência. Li seus comentários cartesianos, e a impressão que tive, é de uma ida ao supermercado em busca de algo que se imagina o que seja, apenas não sabemos a marca do produto.

Ir ao supermercado é o que muitas vezes fazemos, quando precisamos de algo. E hoje em dia, encontra-se praticamente de tudo por lá. Está com a mente suja? Vá correndo comprar produtos de higiene pessoal. As pessoas não entendem o que você fala? Quem sabe um enxaguatório bucal, ou então uma fruta deliciosa que deixe um hálito convidativo? Precisando de uma reciclagem na vida doméstica? Passe na sessão de padaria e compre alguns sonhos para compartilhar com amigos.

Não esqueça de algumas sessões de semi-extase, com um bom vinho enquanto ouve aquelas músicas que lhe tocam mais profundamente. Está carente e solitário? Aproveite para pedir dicas para outras pessoas que você ache interessante, como usar este ou aquele produto sempre é uma boa maneira de se aproximar de alguém.

E depois de tudo, vá passear por aí. Deus está no supermercado tanto quanto está em qualquer outro lugar.
Nenhum sistema é garantido para todos. Tem um manual de regras logo de cara, e você ainda nem pisou na soleira da porta? Então como é que você vai perceber o desconhecido se primeiro lhe dão um modelo a ser seguido?

Deus não tem regras e ao mesmo tempo, é a própria disciplina do universo. Algo para ser vivido como o lapidar de pedras brutas.

Claro que, seguir uma vida mais espiritualizada vai implicar em regramentos, mas é como saciar a fome.

Primeiro, come-se qualquer coisa. Depois, aprende-se que arrumando a cozinha consegue-se coisas melhores. Depois, aprende-se a cozinhar e como é bom manter os utensílios limpos. E até mesmo, chegaremos a convidar outras pessoas para desfrutar da mesa conosco. Pode-se tornar um chef querido ou um expert em salsicha cozida.

O que importa é fazer bem o que se faz.

Espiritualidade é bom, faz parte de tudo. Tem que ver o quanto os programas de computador que escrevo parecem mantrans, assim como observo que as empresas refletem aspectos emocionais, mentais, espirituais, etc de seus membros, e da mesma forma, suas decisões e questionamentos.

Olhe ao redor e descobrirá coisas como olhar para árvores e perceber que sua estrutura ensina sobre administração. Quem sabe, ao entardecer, poderá perceber o brilho discreto que paira sobre elas, o "prana", a energia vital.

O caminho começa por decidir estar disponível e apenas seguir vivendo.

Quando paramos de buscar, pode acontecer por si só.

Aí então inicia-se a caminhada.

Mas não somos nós quem escolhemos local, nem hora.

.'.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Retenção de Talentos - Os que sobem a montanha


One In A Million You

Foto Kelly Gibbs
Meu comentário para matéria da Patrícia Lisboa, publicada na  Computerworld: Gestores de tecnologia devem adotar políticas para retenção de talentos.
"Para especialista, os líderes de TI precisam cuidar para que, além das políticas de capacitação, suas equipes tenham benefícios financeiros."



Meu comentário:

Falta de talentos? Acho que não. O que vejo é falta de oportunidade e discernimento. E uma supervalorização da cultura de que baratinho e mesmice são melhor para a empresa.

Se olharem tudo como se fosse apenas custos esquecendo os resultados que serão obtidos, é óbvio que mais um pouco estarão vendendo até as mesas para economizar, sem entender porque todos terão problemas de coluna, e menos ainda porque estão insatisfeitos.

Empresas querem resultados melhores, inovadores, mais rentáveis, etc. Mas para mudar, é preciso fazer algo diferente. Quem nunca erra, é porque nunca tentou fazer algo diferente.

Todos os dias vejo pessoas que fazem a mesma coisa todos os dias, esperando ter resultados diferentes.

Não adianta pintar as paredes de dourado se não houver evolução na cultura da empresa, valorizando e reconhecendo o profissional talentoso, aquele que se destaca dos demais, e que naturalmente tem um nível de competência que não se deixa esmagar pela inércia ou dogmatizarão do ambiente.

Claro que nem todos profissionais são iguais e nem todos terão o mesmo nível e aptidão.

Nem todos são talentos, gênios, regulares ou medíocres.

Nossa existência é diversificada!

Mas é importante, que todos, dentro de seu nível, sejam tratados de forma equivalente.

Temos os grandes e os pequenos talentos, e lembremos, que se alguém é brilhante numa determinada tarefa, nem sempre terá o mesmo sucesso noutra.

No seu artigo "Os oito níveis de programadores", Jeff Atwood conceitua muito bem diferentes níveis de profissionais:
No nosso mercado, acho que a maioria fica na faixa de 1 a 3, infelizmente. Precisamos mais de nível quatro. Poucos terão um nível cinco ou mais. Ninguém sai da faculdade e entra de paraquedas direto no nível quatro.

Existe uma caminhada a ser feita para estar neste nível. "Natura non facit saltum!" Ninguém é bom sem experiência. Não adianta decoreba de cursinho nem diploma bonito. Tem que saber e ter capacidade. Mozart compunha desde os cinco anos, mas já havia passado horas e horas praticando.

O jovem talento é aquele que vai começar quase de cara no nível dois. A pouca experiência e conhecimento são logo utilizadas de forma destacada e compensadas com disciplina, responsabilidade e ética, que se agregam e consolidam se houver a oportunidade.

Talento implica necessariamente em vocação. Talento é nato, vocação é trabalho. Uma obra de arte é 10% de inspiração e 90% de transpiração. Mas são 90% bem aproveitados. Tem que ter qualidade. O lenhador que não para nem para afiar seu machado, pode parecer trabalhar mais, porém, produz menos, e com pior qualidade.

Talento não se compra pronto. O talento deve ser cultivado de forma séria. Comparativamente, de nada adianta investir pesado adubando e cuidando de uma semente de ervilha, se você precisa os resultados de uma árvore frutífera.

As pessoas esperam ser reconhecidas e valorizadas. Devem ser compartilhados por ambas as partes, funcionário e empresa.

Quem acha que santo de casa não faz milagre, deveria lembrar que são justamente estes que muitas vezes terão a oportunidade do reconhecimento ao serem levados para fazer milagre para outra empresa, quem sabe sua concorrente.

Portanto, sempre é bom lembrar as diretorias para tratar as pessoas com o mesmo respeito e reconhecimento que também gostariam de receber.

Quer ser tratado como um Rei? Trate toda sua equipe como parte do clã ou até como súditos leais, mas nunca como lacaios (capachos).

Pessoas nas mesmas atividades, e da mesma forma, em toda empresa, devem ter as mesmas condições respeitosas de serem reconhecidas, e daí sim, serem tratadas de forma diferenciadas de acordo com seus méritos.

Vemos grandes empresas com políticas muito bonitinhas, muita propaganda, mas que só servem para alguns enquanto outros são solenemente ignorados, ou tratados como reles serviçais da casta superior.


Quantos daqueles quadros lindos de "Missão da empresa" ou pior, certificados ISO-alguma-coisa se tornam um ridículo "nada" quando a realidade é forjada.



Reter talentos significa também compromisso com ideais em comum, e não apenas vestir a camisa da empresa. Quantas são as empresas que podem dizer (sem crescer o nariz), que também vestem a camisa dos seus funcionários? Na hora que a empresa precisa, conta com o funcionário. Mas e na hora que o funcionário precisa, conta com quem?

Como um barco singrando o grande oceano, a tripulação conhece seus comandantes e sabem por que estão ali? São (mesmo) parte da equipe ou a cultura do descartável banaliza as atividades, simplificando avaliações sob óticas míopes e limitadas, muitas vezes mascarada pelo comodismo e inércia?

Talentos não crescem sozinhos. Chefias e equipe devem aprendem mutuamente. Disto surgem os ganhos, méritos e premiações para ambos.

Comprometimento é algo para todos e falta de palavra resulta em perda imediata de confiança, uma mancha difícil de remover ou ser esquecida.

E caso alguma coisa não possa ser cumprida, mas for tratada em grupo, de forma clara, pode ser uma boa oportunidade de incrementar o sentimento de estarem no mesmo barco, rumo ao sucesso.

Todo sucesso profissional é bom para a empresa como um todo. Ninguém cresce sozinho. A empresa que reconhece seus talentos se torna mais aberta e confiável, pois o mercado não é cego. As pessoas conversam entre si. Informações de negócio e opiniões sempre estão muito além de muros. Fazem parte da vida social, de alguma forma.

Recompensar financeiramente talentos deve ser frequente sim. Valorização pessoal e profissional, pelo incentivo ao crescimento e melhoria são aspectos importantes, mas poder desfrutar dos ganhos que seu trabalho gera, são fundamentais. Tapinha nas costas é bom, mas prosperidade também e é bom de saber que está tendo a renumeração justa e perfeita pelo seu trabalho. E a partir de certo patamar, a pessoa passa a ser realizada profissionalmente e, premiações são apenas um adicional, que deve ser lembrado e poderá ter várias formas.

Crescimento não é só promoção de cargo. Existem os especialistas, que ao invés de subir verticalmente, vão se desenvolverem nas suas áreas de atividade até se tornarem mestres do ofício.

E os que sobem, farão isto até atingir seu nível de incompetência, o seu limite natural. Alguns cairão como Ícaro.

A retenção dos talentos nas empresas vai depender muito do como seu mérito pessoal e profissional é percebido na empresa e o retorno recebido. Seu chefe gosta de você? Some três pontos. Seu chefe sabe o que você faz? Some dois pontos. Se você é realmente qualificado, seu chefe sabe a diferença entre a qualidade do seu serviço e qualquer porcaria que tiver por aí? Senão souber... xiiii...

Faz pouco no Slashdot teve um comentário, sobre a diferença entre ter um chefe orientado a produção de fábrica (quantidade) e outro que é da área de conhecimento. O post é muito objetivo se pensarmos em como talentos podem ser desprezados ou valorizados numa empresa: Australian Study Says Web Surfing Boosts Office Productivity.
"Knowledge work is entirely different from manufacturing type work. The relationship between actual production and hours-spent is very weak. We aren't screwing on hubcaps; we have to coax the glob of meat between our ears to cooperate.
Where I work, there are managers who (incompetently) think knowledge workers should be managed like factory workers. These chumps have extremely high turnover, and their employees seem defensive and stressed most of the time. One such manager constantly monitors his employee's internet usage, and fires all of those who visit non-work-related web sites.
If you have an incompetent manager who thinks he's running a factory, browse anyway. You really should be happy if you get fired for moderate web use, because you will be miserable trying to build a career under such a buffoon, anyway."


Se você é desprezado por alguém que não sabe reconhecer a diferença, não adianta perder tempo esperando algum reconhecimento.

Reconhecer méritos é ter a capacidade de perceber capacidades e resultados. E também ter humildade para observar e ponderar, antes de tirar conclusões.

Quais os critérios para avaliar colaboradores? Quem está no comando sabe distinguir e tem (pelo menos algum) conhecimento sobre a atividade? E se tem, este é usado com sabedoria?

No final da Segunda Guerra Mundial, no Laboratório de Los Alamos, uma equipe dos melhores cientistas do mundo, que projetaram e construíram a Bomba Atômica, estava numa sala, debatendo e conversando em frente ao quadro negro lotado de equações. O General Groves, principal líder do projeto, entrou na sala, olhou aquele grupo conversando, e fuzilou a pergunta: "-por que não estavam trabalhando?”.

Talento é ser capaz de utilizar seus recursos e obter resultados melhores.

Reconhecer talentos é ser capaz de reconhecer diferenças que vão muito além de acumulo de tarefas repetitivas ou de estressar a equipe.

Não faltam talentos. Mas falta às vezes até visão empresarial séria e profissionalismo. Vejo com frequência a reclamação de falta de talentos, inclusive em matérias de capa. Mas logo de início o texto comenta a falta de geniozinhos recém-formados com umas dúzias de siglas da moda, para trabalhar de (quase) de graça. Mas depois de dois ou três anos, a tecnologia evolui, e temos programadores medíocres, que não sabem programar, sem lógica, nem conhecimento da finalidade de sua atividade.

Precisamos novos e antigos talentos, e se deve cuidar para que todos tenham oportunidade de continuar seu crescimento sob risco das nossas empresas serem atropeladas num prazo muito curto, não pelas concorrentes equipes indianas, nem qualquer balela disfarçada de outsourcing que "atravessadorias" tentam nos convencer por aqui, mas pelos veteranos profissionais norte-americanos e europeus, melhor pagos, com experiência, reconhecimento e, que sabem como fazer o serviço.

O surgimento de verdadeiras senzalas virtuais tem sido um responsável direto pela trituração e desperdício de muitos talentos, esmagados pela falta de oportunidade, condições dignas de trabalho e renumeração.

Talentos também são perdidos em processos de seleção, feitas por pessoas desqualificadas, incapazes de avaliar ou julgar profissionais de ponta. Usam critérios muitas vezes torpes, e até testes que beiram a ofensa profissional, pela primariedade e falta de senso.

Um bom profissional sabe avaliar naturalmente outro de sua área. E talentos tendem a ser naturalmente reconhecidos e respeitados pelos seus colegas. Então é de se esperar, que tenham a oportunidade de serem avaliados e indicados por pessoas capacitadas, e com conhecimento da área.

E só para lembrar, já que estamos falando de talentos, por acaso, nossos melhores jogadores de futebol vão para o exterior. Melhores salários e reconhecimento. Ué, mas aonde é mesmo o país do futebol? O que dizer então da nossa área de TI.

Perder talentos pode significar a perda do conhecimento do próprio negócio, ficar atrás da concorrência e se tornar dependente. Quantos sistemas hoje estão funcionando pela inércia, fazendo que negócios de vulto estejam à beira de grandes problemas de continuidade e prejuízos incalculáveis?

O profissional regular, trabalha, segue normas, cumpre suas tarefas. O talento, também. Mas se precisar inventa o relógio, cria novas opções, não se conforma em fazer apenas o básico. O talento é inquieto e curioso. Pergunta a si mesmo o que pode ser feito diferente, o que pode ser melhorado, o que existe para aprender e criar. Será que vale a pena valorizar isto? Se sua empresa acha que não, tudo bem, pois poderá ter uma rotina padrão e um rendimento padrão mesmo assim. Mas se acha que sim, parabéns. São estas que fazem a diferença.

Os frutos mais doces, geralmente estão nos galhos mais altos, nos locais de mais difícil acesso. Na natureza, nada é de graça.


06 de abril de 2009