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quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Terceirização e vínculo empregatício

Debate no fórum da ComputerWorld, a CWConnect em 12/08/2009


Meu Comentário:

Fazendo uma revisão, encontrei a matéria do link abaixo, sobre terceirização que achei interessante de repassar, destacando dois pontos sobre a questão do vínculo empregatício, e portanto, dos direitos do trabalhador.

"A terceirização e a proteção jurídica do trabalhador."



Destaco estes dois trechos:

"Nº 331 Contrato de prestação de serviços. Legalidade.
...
III - Não forma vínculo de emprego com o tomador a contratação de serviços de vigilância (Lei nº 7.102, de 20.06.1983) e de conservação e limpeza, bem como a de serviços especializados ligados à atividade-meio do tomador, desde que inexistente a pessoalidade e a subordinação direta."
E...
"Na hipótese de se caracterizar a subordinação jurídica ou a pessoalidade diretamente com o tomador de serviços, é estabelecido o vínculo empregatício diretamente com este..."

Acho que a legislação é clara em definir o trabalho terceirizado, como algo feito fora da empresa contratante, ou que não esteja diretamente subordinado a esta de forma pessoal.
Acontece que é muito comum, que o pessoal terceirizado, seja alocado dentro das empresas, diretamente subordinados as chefias destas. Na prática estão substituindo efetivamente funcionários da contratante, porém, é comum que não tenham os mesmos direitos, normas e benefícios. Isto vai desde participação nas atividades comuns, como reuniões de equipe, ter direito de voz sobre seu trabalho, participação em resultados quando existe, bonificações, premiações, treinamento, avaliação e plano de carreira, etc.
Também é amplamente sabido, excepto pelas chefias que a-d-o-r-a-m fazer papel de vegos e surdos, que as empresas de terceirização, ditas consultorias ou "atravessadorias", cobram valores de profissional sênior, mas subcontratando profissionais júnior. Mas também colocam pessoal sênior em atividades menores, com os mesmos valores nivelados por baixo. E nas empresas, tanto faz quem está ali, pois esperam resultados medíocres mesmo, muitas vezes nem tem capacidade de avaliar e portanto, acham que o profissional jogou no lixo seu curriculum.
Isto me lembra quatro coisas:
1) Que deve-se tratar as pessoas como espera ser tratado.
2) As pessoas tendem a nos avaliam por eles mesmos, conforme sua índole, boa ou má.
3) Não se joga pérolas aos porcos.
4) Em terra de cego, quem tem um olho não tenta mostrar o que ninguém quer ver.
Tenho repetido a minha opinião de que, temos como prática vigente, e contrário a legislação, a feudalização do campo de trabalho dos profissionais de informática, (as outras áreas também são afetadas), pela vergonhosa imposição das "atravessadorias de mão de obra", e da senzala virtual, em que o profissional é colocado dentro das empresas, porém sem quaisquer dos direitos a que os senhores de senzala outorgam aos "de casa". Não falta muito teremos que chamar as chefias de Sinhô e Sinhá. Isto ocorre em todo país, empresas grandes e pequenas, com ou sem grife.
Alguns progressos tem sido feitos, para impedir as verdadeiras fraudes contratuais, em que alguns poucos levam a maior parte dos valores, pagando quantias miseráveis a quem precisa trabalhar de forma honesta. Nisto entram as famosas cooperativas e o trabalho PJ.
Com frequência sistemistas do modelo de exploração, usam a intensiva técnica de jogar a culpa no governo, nos impostos, na crise da bolsa de valores lá de Timbuktu, etc, para impor a idéia de que PJ é melhor do que perder todos direitos trabalhistas, transferindo o ônus da responsabilidade empresarial, principalmente o risco, para o trabalhador, mas sem outorgar na verdade, o ganho que uma atividade de empresa possui, que na verdade é muitas vezes do que meramente repassar o valor sonegado em impostos, sem contudo, compensar com a justa parte do lucro e cobertura dos demais custos que QUALQUER empreendimento precisa.
Com isto, ao negar o justo direito de vínculo, e igualdade de direitos com os demais funcionários da empresa, a perda além de financeira, pode caracterizar pelo constrangimento pessoal, o desrespeito e até o assédio moral.
O sistema judiciário tem jurisprudência sobre várias destas questões, já existem açoes coletivas como o Sindppd de São Paulo, mas ainda precisamos de um trabalho maior, para que a justiça trabalhista deixe de esperar ações individuais, para reconhecer que verdadeiras arapucas gigantes, tem sob suas asas, milhares de profissionais, que não tem outra alternativa, excepto a de ouvir um muito mal educado "se não está satisfeito procure outra coisa".
Custa caro demais para a nação o desperdício de tecnologia e a imensa perda do conhecimento das empresas. A turma que adora estatísticas, começando pelas cabeças da FGV, poderiam facilmente fazer um estudo para demonstrar quantos bilhões são perdidos todos os anos, em prejuízo direto para as empresas que vão lucrar menos, por causa do trabalho mau feito, pelo retreinamento, pela experiência jogada fora e também, porque funcionários, direta ou indiretamente, também são clientes deste mesmo mercado.
Todo mundo sabe, que cliente satisfeito, lhe indica para outros. Cliente insatisfeito, fala para todo mundo. E é no mínimo dez vezes mais caro conquistar um novo cliente do que manter apenas um satisfeito. Vale o mesmo para o profissional que a empresa pode valorizar, e lucrar, ou tratar como reles serviçal e logo adiante, não entender porque é tão difícil conseguir gente para trabalhar. Muitos acham realmente que não é por falta de respeito, falta de treinamento, falta de valorização, promessas não cumpridas, falta de quase tudo. Com certeza, a culpa é de quem reclama, o que é um absurdo! Sabe aquela novela da Globo, que mostra como os Dalits na índia são tratados? Até melhorou um pouco por lá, mas dalit, tem que baixar a cabeça, trabalhar e ficar imensamente feliz em ser apenas uma poeira que deve se afastar para evitar que alguém "superior" toque sua sombra. Superior em que?

.'.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Conhecimento técnico ou humano?

The Green Office
Ilustração tentando mostrar como usuários gostariam de ter seu local de trabalho.


Comentário feito no fórum de Liderança de TI da ComputerwolrdConhecimento técnico ou humano?

Abril/2009


Meu Comentário:

Nosso trabalho faz parte de quem somos.

Separar o lado humano, em minha opinião, representa mais do que tratamento frio das nossas atividades e relacionamentos.

É o nosso temperamento, personalidade, qualidades pessoais, que vão temperar o que fazemos.

Primeiro, pela nossa abordagem em relação as nossas tarefas.

Segundo, pela forma que encaramos nossa profissão, e nossos desafios profissionais.

Terceiro, ao ter um "porque viver", percebemos que cada parte do dia e da noite tem seu motivo. Pessoas que vivem só para trabalhar, perdem além da saúde, a diversidade do desfrutar dos resultados do que faz.

Quarto, porque um negócio que tem por missão apenas o dinheiro, terá tamanho, mas nunca será grande. Vide os imensos conglomerados financeiros que desapareceram. Alguns, como o Chase, sobreviveram porque Rockfeller percebeu a tempo que o dinheiro apenas, destruiria sua família toda, então passou a criar fundações, e com isto, ter outras percepções.

A pessoa que torna seu trabalho apenas técnico, por maior que seja sua capacitação, terá apenas conhecimento, mas sem a sensatez da sabedoria.

Saber desfrutar da paisagem entre uma atividade e outra, ou simplesmente olhar as árvores já pode representar muito para quem se acorda, que no equilíbrio entre raízes e galhos, existem paralelos para sistemas de administração, por exemplo, quando analisamos sua continuidade, capacidade em relação a contingências, distribuição de recursos, etc.

Toda atividade humana tem uma finalidade, como parte de um organismo social no qual está presente, e para quem contribui de alguma forma.

Human knowledge in the 14th century
Imagem: chmeee
Empresas também são organismos. São organismos sociais. Tem um sistema nervoso, respiram e agem.

Aspectos importantes, como criatividade, bom relacionamento, interesse, motivação e comprometimento são alicerçados por valores basicamente humanos.

A comemoração por uma vitória, um evento bem sucedido, uma tarefa completada com êxito, será comemorada e desfrutada pelo lado humano.

Já o lado técnico, ao final de cada empreitada, vai se preocupar em olhar alguma estatística e guardar as canetas para usar no dia seguinte.

Meditação, práticas de exercícios, fazer parte de algum tipo de grupo ou atividade que busque o aprimoramento pessoal, é diferencial para muitos profissionais.

A parte espiritual está diretamente ligada ao mental, emocional e material.

Ninguém medita se tem a conta de luz vencida.

E ninguém trabalha direito se sua alma está se debatendo.

Quem já sofreu algum problema emocional, sentimental, espiritual, sabe o quanto isto influi. Negar isto é desumano.

Claro que é necessário limite, e não fazer dos demais, nem seu trabalho um local para lamentações. Precisamos seguir a vida e enfrentar os desafios. Mas um pouco de tolerância com nós mesmos e com os demais, revela-se muito útil.

Principalmente, quando sabemos com quem poderemos contar no futuro.

Não se trata de cobrar retribuição, mas de ter oportunidade de saber que outro também tem sangue correndo pelas veias.

Muita empresa tem crescido e amadurecido, permitindo as pessoas que tenham mais flexibilidade, ou simplesmente, possam pensar sossegadas, tornando-se mais produtivas.

.'.

O que está acima é como o que está abaixo

Comentário para matéria da Computerworld: "Headhunter critica postura dos líderes de tecnologia"


Ótimas observaçãos feitas pelo Sr. Wong.

Comunicação começa pela capacidade de "ouvir". No século XXI, ainda vemos a luta "Eu Versus O resto".

Aprender a escutar e ouvir, implica em descobrir a si mesmo, o silêncio e o distanciamento, não julgar, mas observar e buscar compreensão.

CIOs focados só em resultados, deixam de perceber as pessoas. Como narcisistas, querem sómente eco das suas palavras e perturbam-se quando descobrem que existem outras vozes ativas.

Ver e ouvir, abre uma das grandes chaves: o de comandar com a emoção ao invés do chicote.

Quem fala sem ouvir, não percebe o resultado de suas palavras. É como cobrir o espelho com um retrato que não é seu.

Comunicar-se é vital para todos.

A melhor forma de aconselhar, é ouvindo. E a melhor forma de trabalho, é parar para pensar no que se faz, por que, para que e para quem. Aí entram os ideais e metas dos indivíduos.

A comunicação efetiva, vai ouvir, ponderar e só então manifestar.

Sem essa interação, qualquer atividade torna-se estéril, pouco produtiva e sem motivação real.

.'.

Antes de aceitar um emprego


Trust
Art: by Joe aka Saidski - Hawaii 
(Gospel Grafitti)

“Whenever a company’s recruiting literature drones on about trust, that means there’s no trust.
When they have it, they don’t need to talk about it.”
Cited by Liz Ryan at Forbes.




Meu comentário na Computerworld: 8 perguntas que você deve fazer antes de aceitar um emprego

Olhar, ouvir, ponderar

Procure informações em fóruns de profissionais e comunidades nas redes sociais onde os funcionários costumam expressar-se com menos "censura". Sim, eu usei o termo "censura".

Lembre que pesquisas de revistas ou prêmios podem ser comprados ou manejados.

Sites podem ser apenas bonitos, assim como endereços pomposos podem indicar empresas de fachada.
Os funcionários são de grupos sociais com os quais você tem afinidade?

No trabalho terceirizado, que na verdade substitui funcionários CLT, pergunte se serão tratados da mesma forma, com dignidade, respeito pessoal e profissional, participar efetivamente da equipe, treinamentos, reuniões de trabalho, atividades em geral, oportunidades de carreira, valorização, etc?

Existem empresas em que os terceirizados são vistos apenas como serviçais cumpridores de ordens, independente da bagagem profissional que possuam. É a senzala virtual do século XXI. Se você vai substituir um funcionário, tem por princípio os mesmos direitos, como pessoa e profissional.

Ética, missão, credos, cada empresa pode inventar a sua, da maneira que convém. Procure averiguar até onde corresponde a realidade.

Uma última sugestão, ao comparecer para entrevista, procure observar as instalações (até o WC!), olhar como as pessoas se portam e seus locais de trabalho.

 .'.


11/08/2009

Editado em 09/02/2015 - Adicionada citação de Liz Ryan.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

O Guia de Referencia para o Programador Pragmatico

Para quem pretende ser um bom programador, no link abaixo tem um ótimo resumo do livro.
Material excelente de condutas a serem, no mínimo, pensadas.

Só alguns pontos:

# Care About Your Craft.
Cuide do que faz. Porque gastar sua vida desenvolvendo software a menos que você se importe em fazer isto bem feito?

# Think! About Your Work.
Pense. Sobre seu trabalho. Desligue o piloto automático e assuma o controle. Constantemente critique ou aprecie seu trabalho.

# Provide Options, Don't Make Lame Excuses.
Forneça opções. Não desculpas esfarrapadas.
Ao invés de desculpas, provenha opções.Não diga que não pode ser feito. Explique o que pode ser feito.

# Don't Live with Broken Windows.
Não viva com janelas quebradas.
Fixe mau design, decisões erradas e código ruim quando os ver.

# Evite repetições.

# Faça-o fácil de ser reusado.

# Faça o design e codificação na linguagem do usuário.

# Finish What You Start.
Termine o que começa.
Sempre que possível, a rotina ou objeto que alocar um recurso deveria ser responsável por desalocar.

# Fixe o problema, não a culpa.

# E por último: "Sign Your Work"
Assine seu trabalho.
Desde os tempos antigos, os artesões tem orgulho de assinar seu trabalho bem feito. Você deveria também.



"The Pragmatic Programmer Quick Reference Guide"
http://www.codinghorror.com/blog/files/Pragmatic%20Quick%20Reference.htm

Mídias Sociais: O Virtual Mundo Real

Foto: Daniel and Louisa
 
O Virtual Mundo Real


Comentário feito na matéria: Mídias Sociais: A festa. Você foi convidado?



As comunidades sociais na internet, são ponto de encontro e troca de idéias de pessoas.

Antes de entrar neste mundo, as empresas devem lembrar que não se trata de fazer o tipo de propaganda, em que cada um pinta a sua imagem como lhe convém.

Intervenções como as citadas na matéria, tipo, chegar dando tapinha nas costas de todo mundo como se quem chegou fosse alguma coisa muito importante, é com certeza, a pior abordagem possível.

É só olhar, por exemplo, comunidades do Orkut de funcionários desta ou daquela empresa, em que nem sempre encontraremos elogios, pelo contrário, algumas são um verdadeiro ponto de desabafo.

Outras, como as famosas "Eu odeio nnnnn", comportam desafetos de todo tipo. E claro, muitas destas comunidades, incluem curiosos, observadores em geral, funcionários, Clientes e Fornecedores, que estão bem atentos ao que se passa.

Empresas que acham que comunidades sociais são apenas para brincadeira, poderiam olhar com um pouco mais de seriedade e menos ceticismo, as inúmeras comunidades de profissionais das diversas áreas, em que as pessoas se encontram para trocar informações técnicas, debater a solução de problemas, conseguir auxílio e indicações importantes.

E como são pessoas HUMANAS, também exercer o saudável convívio.

Claro que sempre vai ter quem busque mais diversão, mas é só uma questão de bom senso. Tratar as pessoas como espera ser tratado é uma prerrogativa. Reconhecer que você tem direito sómente quando reconhece que os demais tem direito também. E principalmente, que é muito, muito fácil ser uma empresa grande. Difícil, é ser uma Grande Empresa.

 
.'.

Leia também: Rede social - Ensinar é Melhor que Castigar